Os efeitos da tensão na fábrica da Foxconn ainda continuam na China, um motim estourou ontem na fábrica da empresa em Zhengzhou, mais de 100 trabalhadores da Foxconn foram vistos passando por guardas que estavam em menor número. Vários vídeos foram postados nas redes sociais, um deles mostrando trabalhadores passando por barricadas enquanto testemunhas gritavam “lute, lute” ao fundo.
Vários trabalhadores ficaram feridos na fábrica responsável pela produção de 50% dos iPhones vendidos no mundo, por fim, a Foxconn resolveu oferecer US$ 1.400 aos trabalhadores para que parem de protestar e deixem a fábrica.
Trabalhadores da Foxconn realizam protestos violentos
Após a escalada dos eventos, a Foxconn tomou medidas para encerrar os protestos, a empresa ofereceu aos trabalhadores um acordo de US$ 1.400 (10.000 yuan) em uma tentativa de acabar com os protestos nas instalações. Segundo informações recebidas pela CNN, trata-se de um dinheiro equivalente a aproximadamente dois meses de salário desses trabalhadores.

A Foxconn ofereceu 8.000 yuans (US$ 1.120) aos trabalhadores que concordassem em deixar seus cargos na fábrica e outros 2.000 yuans (cerca de US$ 280) depois que embarcassem nos ônibus para deixar as instalações. A oferta foi feita pelo departamento de recursos humanos da empresa através do envio de uma mensagem de texto.
No entanto, o problema que causou a revolta dos trabalhadores em primeiro lugar foram os já atrasados pagamentos de bônus, portanto, não se sabe se os funcionários aceitaram a oferta ou não. Ainda assim, o fornecedor da Apple pediu desculpas, alegando que a falha de comunicação no pagamento destes bônus foi resultado de um ‘erro técnico’.
Motivo dos protestos na fábrica da Foxconn
A fábrica foi forçada a fechar em outubro após um surto de COVID-19 e por causa da política rígida de “COVID-ZERO” da China. Desde então, a empresa impediu que os trabalhadores da linha de montagem saíssem do entorno da fábrica e obrigou os trabalhadores a consumir suas refeições dentro dos dormitórios em vez de comer no refeitório.
Porém alguns funcionários, cansados das restrições, escaparam secretamente da fábrica e pediram demissão.